Bem, meninas, esta é a minha primeira One Shot ever :O
eu sei que está um fail, mas pronto =x
Espero que gostem =)
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Dann Ich Spring Für Dich
“Desde pequeno que me habituei a estar só.
Os meus pais não estiveram tempo suficiente para eu me habituar, sequer a sentir amor ou carinho.
Quando te conheci, mudaste a minha vida, deste-lhe um novo rumo quando estava perdida. Aprendi a amar contigo. Mas foste a minha única excepção, porque depois de te perder fechei o coração e nunca mais o abri.
Vivia feliz, perto de ti. Não precisava de mais ninguém. Não queria mais ninguém.
Não sei se te lembras do dia em que deixaste o orfanato, Kirinho, mas eu lembro-me tão bem…
[Flashback On]
Senti um movimento na cama. Estavas a acordar. Deviam ser umas 10 da manhã. Viraste-te para mim e sorriste.
Kiro: Bom dia, meu príncipe. =)
Strify: Bom dia. - disse tristemente.
Kiro: não fique assim, Strify. Tudo vai correr bem.
Strify: não vai não. Eu sei que não vai…
Kiro: porque dizes isso?
Strify: porque eles vão levar-te e eu vou ficar sozinho outra vez.
Kiro: eu nunca te vou deixar, Strify. Nunca. Mesmo que eles me levem para casa, nós vamos continuar a vermo-nos na escola todos os dias e vamos puder estar juntos na mesma.
Strify: sim, mas…
Kiro: mas o quê, Strify? Do que é que tens medo? Eu vou estar sempre ao teu lado.
Strify: é disso mesmo que eu tenho medo, Kiro. Eu sei que não vais estar sempre ao meu lado e vou relembrar isso de todas vezes que pensar em ti. Porque cada momento que eu vivi contigo, aqui dentro deste orfanato, compensou uma infância sem amor… mesmo, mesmo… mesmo sabendo que não me amas de verdade.
Kiro: como podes dizer uma coisa dessas, Sebastian?! Eu amo-te. Eu amo-te com todas as minhas forças! E eu nunca te vou deixar, não te esqueças disso. Eu nunca te vou deixar.
[Flashback Off]
Foram as tuas últimas palavras, antes de partires para sempre. Lembro-me de um breve sorriso e um brilho de felicidade nos teus olhos ao deixares este velho orfanato com a tua nova família.
Desde então, passei a escrever cada memória que nos unia neste velho caderno, com as folhas já gastas do tempo e de algumas lágrimas que deixei cair tantas vezes. Memórias que serão para sempre eternas, meu amor.
Uma das coisas que eu mais admirava em ti, era que nunca te tinhas esquecido de mim e estávamos juntos todos os dias como me tinhas prometido que seria, até aquele dia.
Naquele dia tudo em mim morreu. Naquele momento o meu coração parou. Vi-te ali estendido no chão, o teu frágil corpo imóvel e sem qualquer sinal de vida. Os médicos nada puderam fazer para te salvar das garras da morte.
Era esse o teu destino.
Mas lembro-me ainda melhor do sofrimento que isso me causou. Sim, “causou”, porque hoje irá acabar. Tentei viver uma vida já acabada, sem ti, mas não consegui. Sou nada, sem ti. Sou fraco, sem ti. Eras a minha maior força e foste a minha maior fraqueza.
A dor que me consome a cada diz que passa, irá acabar e eu poderei estar contigo, num sítio melhor.
Porque escrevo isto? Porque não quero que o nosso amor seja esquecido, mas sim eterno, não só nos nossos corações, mas também aqui, neste mundo miserável.
Apenas deixo, um pequeno até já, meu amor e um suave beijo nos teus lábios. “
Strify fechou o caderno e pousou-o no chão ao lado do lugar onde à instantes tinha estado sentado.
Caminhou calmamente até à borda do terraço do prédio. Olhou uma última vez o horizonte alaranjado pelo pôr-do-sol e virou-se de costas para este.
Grossas lágrimas escorregavam pela sua face pálida e gelada.
Fechou os olhos e sentiu uma brisa distante na cara.
Abriu os braços, deu um breve suspiro e deixou o seu corpo cair como uma pena levada pelo vento.