AMORES ESCONDIDOS, FRUTOS PROIBIDOS

KELLY P.D.V
- Yu. Despacha-te. É a tua vez. – Gritei para ver se Yu me ouvia enquanto o procurava com o olhar, mas sem efeito.
Olá, eu sou a Kelly, tenho 21 anos e sou a maquilhadora dos Cinema Bizarre.
- Cheguei. – Disse Yu num tom descontraído.
- Mas isso são horas? Estou à 5 minutos à tua espera para te maquilhar. E ainda tenho que o fazer ao Kiro e ao Strify.
- Sabes como são os contratempos. – Disse enquanto olhava para uma rapariga que aparentava ter a nossa idade.
- Eu conheço bem os teus contratempos conheço.
- São bons contratempos, que posso fazer?
- Podes começar por ficar quieto com a cara para eu poder fazer o meu trabalho, talvez. Até porque está quase na hora do concerto e vocês já deviam estar todos prontos.
Estava a maquilhar o Yu quando apareceu o Luminor.
- Olá ferazinha.
Depositou-me um beijo na testa.
- Olá lulu.
Acabei de maquilhar o Yu já Kiro estava a nossa beira a aguardar a vez.
- Estás a ver o que podias começar a fazer?
- O quê? – Pergunta Yu confuso.
- Chegar a horas como o Kiro. Agora vai lá ter com o teu contratempo que eu tenho mais que fazer.
Ele saiu e Kiro sentou-se na cadeira para eu o poder maquilhar. Enquanto o maquilhava:
- Aquilo foram tudo ciúmes? – Kiro e eu tornamo-nos grandes amigos desde que eu fui trabalhar para eles.
Vocês perguntam-se como é que eu os conheci. Eu, Luminor e Emma, a rapariga que trata do guarda-roupa, éramos vizinhos quando éramos mais novos. Começarmo-nos a dar bem com ele quando um dia o vimos ser gozado pelos amigos por ser gay. E a partir daí tornamo-nos os três nos melhores amigos que alguma vez poderiam existir.
- Ciúmes de quem?
- De quem será?
- Tu achas que eu tenho ciúmes do Yu.
- Não. Tu tens ciúmes das raparigas com quem ele anda.
- Eu não tenho nada a ver com essas p*tas que fazem de tudo para se enfiarem debaixo dele só por ele ser quem é.
- Pois não. Mas admite que estás apanhadinha por ele.
- Não estou nada.
- Estás sim. E olha que pelos olhares que ele te manda também não lhe és indiferente.
- Nem eu, nem todos os que lhe passam à frente. – Disse num tom triste.
- E ainda dizes que não gostas dele.
- Estás acabado. Sabes onde está o Strify?
- Ainda perguntas onde ele está?
- Pois, com a Emma. – Olhei em direcção ao vestiário e vi-os a conversar animadamente à porta.
- Eu vou lá chamá-lo. – Disse Kiro.
Olhei para o relógio e ainda faltava um pouco para o concerto.
- Deixa-os estar mais um pouquinho.
- Se tu o dizes. Eles fazem um belo par não fazem?
- Mesmo.
- Assim como tu e o Yu. – Disse rindo-se.
- Tens muita piada tens.
- Estou super nervoso.
- Por causa do concerto de regresso?
- Exactamente. As nossas fãs esperaram tanto por isto.
- E eu que o diga. Estava haver que nunca mais voltavam aos palcos.
Apareceu Strify com um sorriso apaixonado estampado na cara.
- Tu estás mesmo apanhadinho por ela.
- Que queres, ela mexe tanto comigo.
- Isso está mesmo sério.
- A quem o dizes.
Maquilhei o Strify. Passado um pouco o momento mais esperado chegou. Os Cinema Bizarre iniciaram o concerto mais esperado em todo o mundo, o concerto de regresso, mas desta vez não era apenas 5 elementos mas sim 6. A Strify, Kiro, Shin e Yu juntaram-se Romeo e Luminor.
Eu e Emma ficamos a assistir ao concerto de um dos lados do palco. Quando o concerto acabou:
- Que acharam meninas? – Pergunta Luminor.
- Foi maravilhoso. – Disse Emma.
- Pois foi. Foi o melhor concerto que eu assisti em toda a minha vida.
- Acharam mesmo? – Pergunta Yu.
- Sim. – Respondeu Emma. – As fãs estavam ao rubro.
- Se bem que tu não te precisavas de ter exibido tanto. – Disse para Yu.
- Eu não me exibi.
- Não? Espera lá. Estou a fazer confusão com os suspiros e sussurros da que estava ao meu lado. Aquela a que tu chamas contratempo sabes?
- Isso são tudo ciúmes? – Disse Yu aproximando-se de mim.
- Isso querias tu. Mas mete na cabeça que há quem te resista.
- Essa pessoa ainda não nasceu por isso.
- Isso querias tu que não tivesse nascido. Só que o problema é que há 21 anos que ela nasceu e está a tua frente. Agora se não te importas tenho mais que fazer.
Os outros mantiveram-se a olhar para nós até que eu saí e Luminor e Kiro vieram atrás de mim.
- O que foi aquilo ali? – Perguntou Luminor.
- Nada.
- Tu estás cheia de ciúmes. – Disse Kiro.
- Não estou nada. Vocês acham que eu ia gostar daquilo? Nem no meu pior pesadelo.
- Casmurra como ela é nunca vai admitir Kiro. – Disse Emma aproximando-se.

olá a todas. amtes de mais obrigado pelos cometários. este capitulo deveria ser postado pela Shopiebizarrekaulitz mas como ela nao pode postar e para nao esperarem mais aqui fica mais um bocadinho da historia. espero que gostem. beijinhos a todas.

Cheguei ao meu quarto, depositei tudo em cima da cama, tirei a roupa e entrei na banheira. Esta volta dos cinema bizarre tinha sido muito cansativa, mas só de pensar que tinha sido o melhor presente de Natal para milhares de fãs em todo o mundo, faz com que fique feliz.
Estava na banheira quando ouvi alguém a bater á porta, pensei que seria o serviço de quartos. Enrolei-me numa toalha e fui abrir a porta, quando abri a porta dei de caras com o Strify a olhar para mim de boca aberta.
-ai… Desculpa, eu vou-me embora se quiseres. – disse ele atrapalhado
- Nada disso, entra e senta-te que eu já venho. – disse eu indicando-lhe a cama, peguei no pijama e levei-o para a casa-de-banho, é claro que não me ia vestir em frente dele.
Ao sair da casa-de-banho vi que Strify estava deitado na minha cama virado ao contrário (com os pés para a cabeceira) a olhar para a televisão, juntei-me a ele.
- O que é que a minha diva está a ver?
- As meninas e os meninos bonitos da televisão. – reparei que estava a ver uma série juvenil, tipo morangos com açúcar.
- ai Strify, não acredito que estás a ver isto – disse arrancando-lhe o comando das mãos e mudando de canal
-Dá cá isso! – disse ele tentando tirar-me o comando
Comecei a corre pelo quarto até que tropecei e cai e, nem mais nem menos, Strify caiu em cima de mim. Estávamos a poucos milímetros de distância, eu estava a olhar fixamente para os lábios de Strify, aqueles lábios deixavam qualquer um á nora, e os seus olhos! Ai, os seus olhos hipnotizavam-me. Eu apenas estava a li num outro mundo, até que o Strify me despertou com um suave e apaixonado beijo. Ambos nos entregamos naquele beijo, Strify ficou de joelhos no chão, puxando-me com ele, eu sentada em cima das suas pernas e ele agarrando-me a cintura, até que um bater de alguém na porta nos separou.
Levantei-me de um salto e abri a porta.
- Serviços de quartos, pediram para aqui o jantar? – perguntou o camareiro
- Sim – disse eu, recebi o jantar – obrigada.
Quando me viro, dou de caras com o Strify a olhar para mim de boca aberta, parecia que queria falar e não conseguia, ele aproximava-se de mim. Eu apenas andava para trás tentando com que ele não chegasse a mim, até que bati na parede, mesmo assim não desisti, quando ele já estava bem perto de mim, tentei empurrar o seu corpo com a minha mão contra o seu tórax. Mas nem isso nos separou, beijamo-nos novamente, quando dei por mim, estava já deitada na cama com Strify deitado por cima de mim, apenas de roupa interior e ele apenas de calças.
- Strify…. Strify pára – dizia eu com algum esforço
- Porque hei-de parar algo que ambos queremos? – disse tentando tirar-me o soutien
- Pára Strify, eu não quero. – disse mentindo
Ele parou, saiu de cima de mim com um olhar triste, quase de choro.
- Não sei porque me deixo sempre enganar. – disse ele sentando-se na cama de costas para mim – Tu não gostas de mim, aliás eu já não sei do que gostas ou de quem gostas.
Eu estava na cama deitada em forma de concha, ele deitou-se junto a mim e puxou-me para ele.
- Eu não sei porque gosto tanto de ti. – disse ele
- Eu não sei o que dizer Strify, só sei que fui muito cega para não perceber o que se passava á minha frente.
- Tu deixas-me maluco, o teu sorriso, os teus olhos, os teus lábios, o teu corpo o teu toque… TUDO! Cada minuto contigo é o melhor do dia para mim, eu sei que não sentes o mesmo por mim e eu não te vou forçar a fazer nada que tu não querias, eu não sou assim.
- Eu sei minha diva. – disse eu voltando-me para ele e dando-lhe um beijinho na face.
-É melhor eu ir – disse ele
- Não, tu hoje vais dormir aqui comigo okay? – notei um sorriso na cara dele – apenas dormir!
O sorriso não desapareceu.
- Não faz mal, eu consigo contentar-me com isso – disse – por agora!
Adormeci agarrada a ele, nada mais se passou.

KELLY P.D.V
Entretanto na discoteca:
- Esta tinha mesmo que vir connosco? – Perguntei ao Luminor apontando para Lola.
- Sabes como ela é. Cola-se logo.
- Infelizmente.
- Porquê? Querias ter o Yu só para ti? - Pergunta Kiro.
- É obvio que NÃO.
- O que é que te deu a pouco?
- Quando?
- Quando te passaste.
- Sabes que eu me passo com facilidade e ele já estava a pedi-las há imenso tempo.
- É que tu estavas mesmo passada. – Disse Shin aparecendo ao meu lado.
- E tu devias ter-me deixado acabar o que estava a fazer.
- Ainda o matavas. E depois não tínhamos nenhum guitarrista.
- Guitarristas não faltam Shin.
Lola tinha puxado Yu para a pista de dança e este estava a tentar separar-se dela visto que ela fazia questão de se estar a roçar por completo nele. Quando Yu conseguiu soltar-se dirigiu-se para a nossa beira. Mal ele chegou eu ia para sair e ele agarrou-me no braço.
- O que é que te deu para me fazeres aquilo?
- O que é que te deu para me beijares?
- Vais dizer que não gostaste?
- Por acaso, mas só assim por acaso DETESTEI. Agora se não te importas podias-me largar o braço?
- Desculpa. Eu sei que gostaste.
- Porque é que tu não vais antes dizer isso para o teu OPTIMO contratempo chamado Lola.
- Nem me fales. Eu preciso de a manter longe de mim.
- Não lhe desses esperanças.
- Eu não lhe dei esperanças em nada.
- Foste para a cama com ela é o mesmo. Agora se não te importas eu tenho mais que fazer do que ficar a olhar e a falar para um convencido e exibido como tu.
- Porque é que tu me detestas tanto?
- Porque será?
- Por estares apanhadinha por mim?
- Isso querias tu. Sabes bem que eu de pessoas como tu só quero distância.
- Pessoas como eu?
- Sim.
- E como é que eu sou?
- Convencido, exibicionista e não me obrigues a dizer o resto.
- E o que é que acontece se te obrigar a faze-lo?
- Levas um estalo.
- Já estou a começar a ficar habituado.
- Gostas do teu sorriso não gostas?
- Gosto porquê?
- Então é melhor não puxares por mim porque senão ficas sem ele.
Ele agarrou-me nas mãos e encostou-me a uma parede que havia atrás de mim e beijou-me. Quando o beijo chegou ao fim:
- Agora não me podes bater. – Disse e logo de seguida tentou beijar-me novamente, mas sem efeito visto que eu lhe dei uma joelhada entre as pernas.
Kiro apareceu juntamente com Luminor e viram Yu com uma cara de dor.
- O que é que se passou? – Pergunta Luminor.
- Que achas? Foi a tua ferazinha que só sabe bater.
- Não me beijasses. Eu avisei-te.
- Outra vez? – Pergunta Kiro.
- Ele que não se arme em espertinho. Mas queriam alguma coisa?
- Nós já vamos embora. Estamos cansados e queremos descansar. – Disse Romeo assim que chegou.
- Eu também vou. – Disse.
- Eu também. – Disse Yu.
Fomos avisar a Lola e ela fez questão de acompanhar Yu até ao hotel. Quando estávamos à porta do hotel Lola recebeu uma chamada e Yu aproveitou-se para me pedir um favor.
- Kelly vá lá.
- Já te disse que não.
- Por favor?
- NÃO. Foste com ela para a cama agora aguenta.
- Tens que me ajudar. Eu não a consigo aturar mais. – Disse em tom desesperado quando reparou que ela vinha para a nossa beira.
- Chuchu vamos para o quarto? – Disse Lola.
Yu olhou para mim e nos seus olhos apenas se via suplica e desespero.
Tenho que confessar que até me estava a divertir a ver o Yu com aquela cara e sem saber o que fazer. Acabei por o ajudar.
- Desculpa mas o Yu ainda tem muita coisa que fazer. E duvido que vas querer esperar. – Disse eu.
- E o que é que ele tem para fazer? – Pergunta Lola num tom de voz frio.
- Experimentar umas cores novas de maquilhagem e a maneira como lhe fica melhor.
- E isso não pode esperar até de manhã?
- Sabes bem que ele não acorda cedo e é muito melhor tratar de tudo agora. Por isso se não te importas tenho trabalho a fazer.
Ela deu um beijo nos lábios de Yu e foi embora. Nós entramos e pedimos as chaves dos respectivos quartos.
No elevador:
- Obrigado.
- Não tens que agradecer. Eu não o fiz por ti, fi-lo porque já não a conseguia ouvir mais e porque queria dormir sossegada.
Fomos para os nossos quartos.
No dia seguinte:

KELLY P.D.V
Bateram a porta do meu quarto. Fui abrir.
- Olá Emma. Entra. – Disse dando-lhe espaço para ela entrar. – Que cara é essa?
- O Strify disse que gostava de mim.
- A sério?
- Sim.
- Então e tu?
- Eu disse-lhe que não gostava dele da mesma maneira que ele gostava de mim.
- Mas tu estás parva? Por alma de quem é que tu lhe disseste isso? Ainda por cima sendo mentira.
- Eu já disse que não gosto dele, porra.
- Não, que ideia. Até é por isso que estás com cara de arrependida e tudo, mas porque é que eu tenho impressão que não foi só isso que aconteceu?
- Porque nós beijamo-nos e estávamos quase, quase a fazer, tu sabes o quê, quando eu lhe disse que não sentia nada por ele.
- Como é que vocês estão?
- Estamos bem. Dormimos juntos.
Fiz um sorriso perverso.
- Não te ponhas com esse sorrisinho porque apenas dormimos juntos.
- Só dormir mesmo?
- Sim.
- Não houve mesmo mais nada?
- Não.
- Nadinha de nada?
- Já disse que não. Mas mudando de assunto, como é que correu a noite de ontem?
- Tirando o Yu armar-se em parvo novamente correu tudo bem.
- Porquê que eu já sabia que vocês se iam pegar de novo?
- Talvez porque é um parvo. – Comecei a andar de um lado para o outro – tens noção que ele me beijou outra vez?
- E tu o que é que fizeste? – Perguntou a medo.
- Dei-lhe uma joelhada nas partes baixas.
- Estás a gozar certo?
- Não. Ele não tinha nada que me ter agarrado os braços.
- Tu não existes.
- Que queres que faça?
- Que admitas que gostas dele.
- Como é que eu vou admitir se eu o Odeio?
- Pois, Pois. Conta histórias.
- É verdade. E o pior é que leva a Lola para a cama e depois anda atrás de mim para o ajudar a fugir dela, achas isto normal?
- Mas essa rapariga não se desmanca?
- Pelos vistos não. Eu já não a posso aturar acreditas?
- Imagino. Se eu que sou apenas amiga do Yu não a posso aturar então imagina tu que estás apanhadinha por ele.
- Eu já te disse que não gosto dele. Apenas estou farta de a ouvir dizer – imitei a voz dela – “ai o meu Yuzinho isto, o meu Yuzinho aquilo”. Enerva.
- Lá isso é verdade. Mas sinceramente, ela não vê as figurinhas que está a fazer?
- Pelos vistos não.
- E que tal irmos tomar o pequeno-almoço? Visto que temos o dia de folga e eu quero ter energia suficiente para conhecer esta magnifica cidade.
- Vamos lá. Vais dar uma volta por aí com os bizarros?
- Sim. E contigo claro.
- Não me está a apetecer muito ir sair hoje. Estou cansada.
- Vais sim.
- Não quero.
- Agora vamos tomar o pequeno-almoço e depois vemos se ficas ou não.
- Chata.
- Muito.
Enquanto esperávamos pelo elevador, Shin, Kiro e Luminor chegaram à nossa beira.
- Vão tomar o pequeno-almoço? – Pergunta Luminor dando um beijo na testa a ambas.
- Sim lulu. – Respondeu Emma.
- Querem companhia? – Perguntou Kiro.
- Claro. – Disse eu. – E os outros três onde andam?
- Já estão lá em baixo. – Disse Shin. – A seguir que dizem de irmos dar uma volta pela cidade?
- Eu vou. Agora a Kelly está aqui a dizer que está cansada e que vai ficar pelo hotel.
Sentamo-nos na mesa onde Strify, Romeo e Yu se encontravam.
- É que nem penses ferinha. Tu vais connosco.
- Não vou nada. Já disse que estou cansada.
- Vais sim. Se não fores quem é que põe o Yu no lugar dele? – Disse Shin.
- Só se me prometeres que desta vez não me agarras.
- Está prometido.
- Então está bem. Eu vou.

KELLY P.D.V
Acabamos de tomar o pequeno-almoço e resolvemos ir dar uma volta pela cidade. Era quase hora de almoço quando resolvemos ir almoçar num restaurante discreto por onde tínhamos passado. Durante o resto da tarde fomos dar mais uma volta pela cidade e eu e Emma acabamos por ir às compras.
Jantamos no hotel e resolvemos ir para o meu quarto ver o filme de terror que tínhamos alugado. Strify abraçou Emma assim que o filme começou pois ela estava a ver este filme contrariada, uma vez que ela detestava ver filmes de terror em plena noite. E claro que Yu não demorou muito tempo a fazer das suas.
- Mas tu estás quieto? – Disse para Yu que estava sentado no chão ao meu lado encostado à cama.
- O que é que eu fiz? – Perguntou, agarrando novamente a minha mão.
- Ainda perguntas?
- Eu só não quero que tenhas medo.
- Não tens que te preocupar com isso. Estes filmes não me assustam desde que te conheci.
Os outros riram-se de imediato. Yu permaneceu calado mas com um ar muito pensativo durante todo o resto do filme.
Assim que acabou o filme foram todos para os seus quartos. Eu resolvi tomar um banho para relaxar, pois estava cansada. Quando estava prestes a deitar-me, bateram à porta.
“Quem será” pensei. Dirigi-me à porta e abri-a.
- O que é que tu queres? – Perguntei.
- Agora vais-me explicar porque é que disseste aquilo quando estávamos a ver o filme.
- Tu és burro ou fazes-te?
- Eu percebi o que querias dizer. Apenas gostava de saber que mal eu te fiz para falares assim comigo?
- Queres que comece por onde?
- Pelo princípio.
- Primeiro, nasceste. Segundo, beijaste-me quando eu te disse CLARAMENTE para não o fazeres e terceiro, eu detesto pessoas convencidas e tu és a pessoa mais convencida à face da terra.
- Será que sou eu que sou convencido ou tu é que preferes pensar que sou por mexer tanto contigo?
- És convencido. Quando é que metes na cabeça que tu não mexes comigo?
- Se não mexo contigo explicas-me porque é que cada vez que estamos sozinhos e que me aproximo de ti, a tua respiração começa a ser mais intensa?
- Isso são filmes da tua cabeça.
- E cada vez que te toco ou que te beijo e tu arrepiaste também são filmes da minha cabeça? – Perguntou aproximando-se.
- Nem te atrevas a aproximar-te mais.
- Porquê? Estás com medo de não te conseguires controlar e beijares-me? – Disse continuando a aproximar-se.
Eu tentei afastar-me recuando uns passos mas essa tentativa ficou sem efeito assim que fui contra a cama.
- Já te disse para te afastares. Vai embora. – Disse assim que Yu colou o seu corpo ao meu.
Tentei afastá-lo com as minhas mãos mas sem efeito, visto que caímos na cama. Yu manteve-se a fitar ora os meus olhos, ora os meus lábios, não demorando muito tempo até me beijar. O que também não demorou muito tempo, foram as nossas roupas deixarem os nossos corpos quentes para ficarem espalhadas pelo chão frio do quarto.
Acabamos por nos envolver e passar o resto da fria noite de Inverno, juntos aquecendo-nos mutuamente.

KELLY P.D.V
Fui para beira do resto da banda enquanto deixava Strify a falar com Emma. Quando olhei para os dois vi que se estavam a beijar e pensei para mim mesmo que finalmente ela tinha deixado de ser casmurra mas não tardei muito a esquecer essa ideia pois assim que o beijo terminou Emma deu um estalo ao Strify.
- Além de teimosa é bruta - disse Shin, lendo-me os pensamentos.
- Eu já não sei mais que fazer.
- Eu sei. – Disse Luminor com cara séria. – Temos que falar.
Assim que eu e Luminor pegamos nas malas para as levar para fora do hotel Emma e Strify chegaram a nossa beira. Eu e Luminor fomos a frente deles para falarmos.
- Que cara é essa lulu?
- Cara de quem não acredita no que o Romeo disse.
- Eu só o fiz para o Yu me deixar em paz nada mais.
- Tu gostas dele, que eu sei. E não foi para ele te deixar em paz.
- Foi sim.
- Não foi não. Eu conheço-te Kelly. Eu sei que tu estás apanhadinha por ele.
- Porra. Já disse que eu não gosto dele.
- Não queres admitir tu é que sabes. Eu só não quero que te magoes percebes?
- Como é que me vou magoar explicas-me?
- Tu sabes que ele só gosta das raparigas para as levar para a cama não sabes?
- Sim. E? Eu não tenho nada a ver com isso.
- Não vais admitir pois não?
- Como é que queres que admita se não há nada para admitir.
- Tu é que sabes. – Disse indo para perto da carrinha que nos ia levar ao aeroporto.
Eu agarrei-lhe no braço.
- Espera. – Disse-lhe.
- Diz ferinha.
- Não estás chateado comigo por isso pois não?
- Achas? Claro que não. Mesmo que quisesse achas que me conseguia chatear com uma das minhas ferinhas queridas. – Deu-me um beijo na bochecha e fomos para a carrinha.
Quando entramos reparei que Emma olhava para Strify enfurecida e este parecia encolher-se cada vez mais no canto dele.
Já dentro do avião reparei que Kiro tinha adormecido agarrado a Shin com um sorriso na cara.
Assim passou-se um mês.
- Estive à tua procura Emma. Não me digas que estas outra vez enjoada.
- Estou.
- Tu tens que ver isso.
Apareceu Strify.
- Está tudo bem Emma? – Pergunta Strify.
- Sim está.
- Posso falar contigo? – Perguntou-me Strify.
- Ficas bem? – Perguntei olhando para Emma.
- Fico. Vai lá.
Fui com Strify para uma sala vazia.
- Que se passa? Pareces preocupado.
- E estou. Eu estou com medo.
- De quê?
- Lembraste que há um mês eu e a Emma nos envolvemos?
- Sim.
- Eu não me lembro de ter usado protecção. E ela anda enjoada e eu estou a assustar-me. – Disse falando rápido e sem respirar.
Eu acho que fiquei branca nesse momento.
- Tens certeza que não usaram?
- Não, mas também não tenho certeza que tenhamos usado.
- E já falaste com ela?
- Não. Eu tenho medo da reacção dela.
- E queres que eu te ajude?
- Fazes isso?
- É claro que sim.
- Obrigado.
- Não tens que agradecer. Eu vou falar com ela e ver se ela se lembra de alguma coisa.
Saímos da sala e eu fui ter com Emma.
- Melhor?
- Nem por isso.
- Há quanto tempo andas enjoada?
- Mais ou menos duas semanas porquê?
- E ainda não foste ao médico?
- Não deve ser nada demais.
- Posso te fazer uma pergunta?
- Claro.
- Quando tu e o Strify fizeram sexo usaram protecção?
- Ahm…
- Não me digas que não usaram. Por favor diz-me que usaram. – Disse atrapalhada.