Hoje uma especie de inspiração subita apareceu-me, tipo milagrosamente xDD
Esta é a segunda One-Shot que escrevo, espero que gostem ^^
By the way, deixem um comentário'zito a dizer o que acham =)
BeijinhOs a todas
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My Little Shinning Star“Conhecemo-nos desde pequenos. E desde então que te admiro.
Lembro-me, que já naquela altura sonhavas alto e desejavas conquistar o mundo.
Primeiro, querias ser capitão de um navio pirata, depois querias ser astronauta e chegar à lua. Eu ria-me com as tolices que eram tais ideias, mas lá no meu fundo também gostava de ter tido esse espírito aventureiro.
Sempre admirei o facto de nunca teres desistido de tudo aquilo com que fantasiavas. Claro que com o tempo as coisas foram mudando, pois fomos crescendo e as tuas primeiras aspirações a pirata ou astronauta deram lugar a uma paixão insaciável pela música e foi então que descobriste o teu verdadeiro dom: cantar. Tinhas a voz mais linda que eu alguma vez ouvira em toda a minha vida. Tornei-me no teu fã nº 1. Apoiei-te em todos os momentos em que as empresas discográficas te rejeitaram e celebrei contigo quando te deram uma oportunidade. A verdadeira oportunidade que te abriu portas até então inalcançáveis. Gravaste o teu primeiro CD com a tua nova banda, depois seguiram-se os concertos e as entrevistas. O teu nome ressoava em todas as vozes de todos os lugares. Todos te adoravam. Todos te queriam. Tinhas conquistado o mundo.
E eu ficava apenas ali, a admirar-te com toda a devoção possível. Assim fiquei durante os primeiros anos do teu sucesso, mas depois comecei a pensar se realmente, ainda precisarias de mim. Mal tinhas tempo para estar comigo, mal me falavas. Ao princípio achei que não fazias por mal, que era apenas porque andavas distraído com tudo o que se passava à tua volta, mas, infelizmente, cheguei à conclusão de que te esquecias de mim. Tu esquecias que eu existia.
Deixei de te acompanhar nas tuas tournées pelo mundo, mas nem te apercebeste disso de tão bajulado que eras por todos aqueles a quem chamavas “amigos”.
Depois de toda a desilusão e desgosto que aquilo me causou, “desliguei” completamente do teu mundo e de tudo o que a ti dizia respeito, mas onde quer que eu fosse via a tua cara estampada ou o teu nome em letras brilhantes. Tentei ignorar tudo isso, mas parecia que me provocavas e esfregavas todo o teu sucesso na minha cara. Então, passei a odiar-te. Desejei-te mil e um males mentalmente, mas lá no fundo, nunca quis que algo te acontecesse.
Após alguns anos, o teu nome e a tua imagem já estavam gastos e a editora despachou-te como se fosses lixo…
Olhaste em volta e onde estavam todos aqueles que consideravas teus amigos? Aqueles que estavam contigo quando eras uma estrela? Pois, bem, quando deixaste de brilhar e passaste a ser mais uma entre tantas no universo, todos eles desapareceram. Ficaste na miséria. Não tinhas nada. Não tinhas uma casa onde viver, não tinhas dinheiro, não tinhas comida nem ninguém que te pudesse socorrer.
Naquela noite gelada, em Berlim, estavas como um mendigo na rua a pedir dinheiro para te puderes alimentar quando eu passei por ti… “
Strify: e me viste. - Kiro parou a leitura da carta que escrevera e deixou-a permanecer entre as mãos geladas. - Eu não te reconheci de imediato, mas lembro-me de que paraste e fitaste os meus olhos por instantes e estendeste-me a tua mão que eu agarrei com ternura mesmo que naquele momento me parecesses um completo estranho. Sorriste docemente e levaste-me para tua casa. Deixaste-me tomar um banho, emprestaste-me roupa tua e deste-me de comer. Fiquei-te eternamente grato.
Enquanto comia a minha sopa, sentaste-te à minha frente e olhaste-me com um olhar doce e sincero, cheio de pena, mas com uma verdadeira devoção. Um olhar que nunca esqueci, que nunca entendi…
Kiro: nunca entendeste, porque nunca o sentiste realmente. Sempre te olhei da mesma maneira, Strify. Sempre te olhei de maneira a te mostrar o quanto tu significavas para mim. O quanto eu te admirava. Mas tu parecias nunca ver.
Strify: eu estava realmente cego, Kiro. Tudo aquilo me consumiu a alma e o coração. Temo mesmo, nunca mais conseguir sentir quaisquer sentimentos verdadeiros, dignos de qualquer ser humano.
Kiro: oh, não digas tal disparate. Apesar de tudo, eu sei que continuas aquele pequeno rapaz que queria ser pirata e ir à lua.
Strify: ah, Kiro, quem me dera. Quem me dera. Agora sou apenas mais uma estrela apagada, perdida naquela escuridão que me consome.
Kiro: talvez o sejas, mas não para mim. Para mim, és e serás sempre a minha estrela cintilante. - sorriu docemente para Strify e abraçou-o. - minha Diva, posso fazer-te um pedido?
Strify: todos os pedidos do mundo.
Kiro: cantas para mim?
Strify sorriu e cantou, como um pequeno menino feliz, para Kiro que o escutava com um brilho nos olhos e com a felicidade de uma criança estampada no rosto.